Marc Coppey, Artista em Associação na Casa da Música, em 2021
Marc Coppey (França, 1969) é um dos principais violoncelistas da actualidade. Yehudi Menuhin conheceu-o no Concurso Bach (1988) em Leipzig, quando Marc, com apenas 18 anos, ali venceu os dois prémios mais importantes. Rapidamente se estreou em Moscovo e Paris com o Tchaikovsky Trio, ao lado de Menuhin e Victoria Postnikova, uma colaboração documentada num filme do célebre realizador Bruno Monsaingeon. Em 1989 Mstislav Rostropovitch convidou-o para o Evian Festival e, a partir desse momento, a sua carreira a solo rapidamente se desenvolveu. É convidado regular das principais orquestras internacionais e colabora com inúmeros maestros prestigiados.
A sua residência na Casa da Música cruza-se com o ciclo dedicado aos Grandes Concertos para Violoncelo. Coppey é solista em cinco dos oito concertos deste ciclo, apresentando obras centrais do repertório concertante (Elgar, Dvořák e o primeiro de Chostakovitch) e também peças contemporâneas de Wolfgang Rihm (Versuchung, Homenagem a Max Beckmann, com o Remix Ensemble) e Henry Dutilleux (Toute un Monde Lointain, com a Orquestra Sinfónica).
Desde o início da sua carreira, Marc Coppey dedica-se à música barroca e contemporânea, bem como a algum do mais conhecido repertório romântico. Apaixonado pela música de câmara, foi violoncelista do Quarteto Ysaÿe. A amplitude do seu repertório é a prova da sua profunda curiosidade: das Suites de Bach a obras que lhe dedicam muitos compositores contemporâneos. Fez a estreia mundial de concertos de Lenot, Tanguy e Monnet.
As gravações de Marc Coppey têm sido aclamadas pela crítica internacional. A sua discografia inclui obras de Beethoven, Debussy, Emmanuel, Fauré, Grieg e Strauss, para as etiquetas Auvidis, Decca, Harmonia Mundi e K617. Gravou a Integral das Suites de Bach (premiada pela revista Télérama), um disco dedicado à música de Dohnányi (premiado com “10 de Répertoire” da revista francesa Répertorie), um álbum dedicado às grandes sonatas russas para violoncelo, o Quinteto de Schubert com o Quarteto Prazak e ainda o Concerto para violoncelo de Martin Matalon. Mais recentemente, gravou o Concerto para violoncelo de Dutilleux e Epiphanie de Caplet com a Orquestra de Liège sob a direcção de Pascal Rophé, tendo recebido cinco estrelas da revista da NNC, um Diapason d’Or e o “Choc” da Monde de la Musique.
Marc Coppey é professor de violoncelo no Conservatório Superior de Paris e orienta masterclasses no mundo inteiro. É director artístico do festival de música de câmara Musicales de Colmar e, desde 2011, é director musical do Zagrebacki Solisti. Foi nomeado Officier des Arts et des Lettres pelo Ministério da Cultura francesa, em 2014. Toca num raro violoncelo do luthier Matteo Goffriller (Veneza, 1711).
